Saúde

Atendimento no Ceron da Santa casa voltará após 14 dias

Foram 14 dias de atendimentos interrompidos por falta de repasses do hospital para a empresa terceirizada, causados pelo atraso de pagamento do Governo do Estado

Carlos Queiroz -

O serviço de oncologia no Centro de Radioterapia e Oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas (Ceron) deve voltar ao normal nesta quinta-feira (18). Foram 14 dias de atendimentos interrompidos por falta de repasses do hospital para a empresa terceirizada, causados pelo atraso de pagamento do Governo do Estado. Até a tarde desta quarta, através das ligações feitas pelos usuários ao centro, a informação era de que não havia previsão de retorno. No entanto, segundo a secretária municipal de saúde, Arita Bergmann, os pagamentos atrasados foram normalizados e os processos de quimioterapia, além da distribuição de medicamentos, devem retornar nesta quinta. Ela esteve reunida com autoridades da Santa Casa na tarde desta quarta.

Ainda não se sabe quantas pessoas foram prejudicadas pelas duas semanas sem atendimento. Arita afirma que a gestão está cobrando do Ceron a lista destes pacientes não medicados para tomar medidas administrativas cabíveis. Ela explica que a empresa não se mantém apenas com recursos da iniciativa privada, mas também do Sistema Único de Saúde (SUS). "Vamos responsabilizar o Ceron por não assistir os pacientes", ressalta.

Entenda
O Ceron reivindicava o valor referente à segunda parcela no mês de novembro. Enquanto isso, os pacientes aguardavam resoluções com seus tratamentos interrompidos, como é o caso de Flávia Adriana Maciel (45). O Tamoxifeno, responsável por prevenir a volta do câncer de mama, deve ser tomado ininterruptamente por cinco anos. Ele era adquirido no local gratuitamente e, se comprado, custa R$ 124,00. Há 17 dias, Flávia está sem o medicamento e não tem condições de desembolsar o valor de uma hora para outra. "Eu tenho um filho pequeno, pago aluguel, não posso pagar R$ 124,00 assim", diz.

Ao conversar com o Diário Popular na reportagem publicada na página seis, do último sábado, Marcia Cristina Prado já estava há oito dias sem o Anastrozol, também responsável pela prevenção do retorno do câncer de mama. Se não tivesse adquirido o remédio por conta própria, teria completado nesta quinta 13 dias sem o medicamento orientado para ser contínuo para o resto da vida. A atitude envolveu R$ 180,00 imprevistos que prejudicou a situação financeira da antiga auxiliar de enfermagem, aposentada por invalidez.

Autoridades do Ceron explicaram que não têm autorização para falar sobre o assunto. Procurada durante o período, a Santa Casa preferiu não se manifestar.

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